segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Seneca sabia das coisas

Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.



Que bonito e verdadeiro!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

sobre o presente

Quero estar sempre contigo no hoje,
porque
sempre no hoje quero estar contigo.



LakkaLe

noite na floresta encantada

Os olhos amendoados
da corujinha curiosa,
em meio aos duendes
da encantada floresta,
misticamente,
penetram-me-envolvem
para dentro
da descoberta
da aventura que é você.

Lakka e Lê

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

sem título do Akássius


apanho no céu o meu

túmulo

não nasci póstumo

nasci plúmelo

creci

na doçura da morte

pelo sal

que é sentido na vida


_Leandro Akássius_

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Dueto

te amo quando borboleta

te amo enquanto letra

quando preparada pro mundo

e preparado pro mundo

te amo enquanto asas

no coletivo das palavras

em um belo panapaná.



Lakka e Lê


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sobre suspiros


um espaço no ar
é tempo do pensamento poder respirar

o coração bater com folga
levitar...


Lakka F. com Leandro Acacio

sonhos que dizem tudo


Tenha confiança nos pés e ande.
Você me falou esta noite.

sobre o desejo


intensidade
intenção
tensão
tesão
ter-se-ão.


Lakka F.

Dizem por aí que...


O segredo do universo está dentro de um buraco do poço mais fundo. 
Lá tem um monstro que guarda esse segredo à milhares de anos. 
Se uma pessoa conseguir chegar até o buraco do poço mais fundo, e for digna, o monstro a deixará ler a ordem.
E se ela concentrar o olhar dentro do buraco do poço mais fundo encontrará a seguinte e mais procurada mensagem secreta:
"Foi só de brincadeirinha."

Lakka F. assistindo As terríveis aventuras de Billy e Mandy

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Transitoriedade

um sopro
    de silêncio
na alma
    do desavisado
 
Lakka F.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Em terapia


Hoje saí do metro, caminhei umas cinco quadras. Ruas pavimentadas, cheias de transeuntes apressados. Um céu azul entre as nuvens levemente acinzentadas. Muitos comércios, inclusive três igrejas, uma que ensina técnicas de meditações e tem palestras motivacionais, Igreja-de-não-sei-o-que-da-Ciência. Achei engraçado. E nisso tudo pude sentir uma espécie de beleza no ar. Sei-lá, uma beleza do sujo, feio, caótico. Logo virei a esquerda e entrei por uma porta de chocalhos perfumados. Subi a escada, fui até o banheiro, lavei as mãos, fui na sala de estar, enchi duas vezes um copo d'água. O dia estava quente. Sentei-me ao lado de um gato que não fez questao de me perceber ali. Logo fui chamada para um corredor, entrei numa outra porta a esquerda e quem estava lá me esperando? Sentada em uma poltrona verde, lá estava eu. Olhei eu dos pés a cabeça... Eu estava sentada confortavelmente, naverdade  estava estirada na cadeira, mole, esbaforida, e com um sorriso maroto e cúmplice no rosto. Me olhei bem fundo nos olhos, respirei fundo e caí de joelhos aos prantos. Eu me olhou e disse: já estava em tempo de me encontrar! Tentei me levantar, mas não havia mais forças. Toda altivez se foi naquele profundo encontro de olhares. A dureza da vida se fez evidente e percebi como vivi miseravelmente esses, talvez, vinte e cinco anos. Vinte e cinco anos mascarando dores, sofrimentos, e humilhações sem precedentes, sem razões para se terem feito presentes. Vinte e cinco anos tentando esconder a porcaria de família que tinha, e a merda de vida que levava. Eu se levantou, veio até mim, colocou a mão direita em meu ombro e disse: Veja, sinta! Essa foi tua vida até agora. Perceba-a! Encare ela e a aceite. Não foi legal o que fizeram contigo, nem o que te disseram. Podres mentiras transferidas. Aconteceu e não há o que fazer, a não ser sentir. E o que foi, foi... Nada será mudado. Sofra! Dói. Chora! Surta! Ponha para fora toda essa raiva e frustração. Com meus olhos marejados, com uma expressão totalmente fragilizada, corpo caído, eu continuava com seu olhar cúmplice e voz macia dizendo: Grita! Urra! E sinta... Sim. Chega de fugir do que incomoda, do que não quer que seja real. Isso foi real, aconteceu, sinta. Olhei para eu sem forças, precisava descansar. Nisso desmaiei e entrei em devaneio... E não sei mais quem sou. Sou eu ou eu, ou nós?
_Lakka F.

terça-feira, 24 de julho de 2012

sobre o desprazer

Desconfio que o controle remoto seja o causador do tédio que se instaura em mim a cada nova atividade que inicio. Porque qual melhor explicação posso achar para sempre querer mudar de canal qdo a atividade deixa de ser nova? 
Uma capacidade absurda de me entediar com o impulso do movimento...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

sobre os sonhos

tão ruim acordar de um sonho bom.
eis aí uma morte.
eterna!

sábado, 17 de março de 2012

sobre a morte

A vida é mesmo muito frágil.
Um sopro suave na chama da vela da vida e


Lakka F.